Os espíritos são simplesmente almas desencarnadas. Assim, desde que existem seres humanos na Terra também existiam espíritos. Naturalmente os espíritos estiveram sempre em contacto mais ou menos próximo com os seres humanos, em todas as eras e em todos os povos.
Depois da codificação levada a cabo por Allan Kardec (cujos princípios podem ser lidos aqui), o termo "espiritismo" passou a designar a doutrina transmitida pelos espíritos nas suas obras. No entanto, muitas vezes confunde-se o espiritismo com outras práticas e manifestações. Algumas delas, como as religiões ou seitas de matriz africana populares no Brasil, das quais se destacam o camdomblé, a umbanda ou a quimbanda, partilham vários dos conceitos que o espiritismo trouxe à tona. Assim não poderia deixar de ser, porque as manifestações dos espíritos não estão circunscritas a um local ou povo; acontecem em toda a parte. Outras, no entanto, em nada se relacionam com o espiritismo, embora por vezes utilizem um vocabulário que se possa aproximar e confundir quem dele tenha pouco conhecimento. Entre estas práticas incluem-se o tarot, a adivinhação com cartas, a quiromancia e outras tantas.
No intuito de esclarecer quem nos visita, reproduzimos abaixo um texto publicado pela Federação Espírita Brasileira.
Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".
A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".